quarta-feira, 8 de junho de 2011

Santiago - Madri - Porto Alegre

 Esperando o tempo passar na praça em frente a Catedral de Santiago
 Matrix no metrô de Madri
 Ultima janta antes de embarcar para o retorno
 Arrumando as mochilas no aeroporto e se preparando para o "Banho Tcheco"
 Quem não tem hotel dorme no sagão
 Céu gaúcho dando as boas vindas
Alegria do retorno e satisfação da bela e calorosa recepção

Boa tarde meus queridos e amados irmãos !

Saimos a noite, dia 02/06 para Madri, a noite não foi das melhores até pelo fato de que é muito dificil de se dormir no trem. Não conseguiamos nos ajeitar, mas não havia saida. Chegamos bem exausto, mas chegamos. Fomos recebido por minha amiga de infância Audrey que vive a mais de 20 anos em Madri. Fizemos um tour pela cidade a pé, é claro. Visitamos muitos pontos turistiscos e em especial a catedral onde o Rei e a Rainha se casaram. Realmente algo maravilhoso, devido ao seu impecável estado, fruto de constante manutenção, o que causava a impresão de que havia poucos dias a catedral estivesse sendo inaugurada.
Depois do tour foram todos para o albergue e eu ainda fiquei na casa da minha amiga pois dormi lá mesmo, como havia muita coisa para colocar em dia, a conversa foi longa.
No sábado 04/06 saimos novamente, agora com a finalidade de fazer compras e trazer presentes e lembraças da viagem. Caminhamos bastante almoçamos pizza num fast food e continuamos a tarefa de andar e andar por lojas e mais lojas. Parece estranho que 7 homens estivessem feitos moças alegres em lojas, o que causava espanto em nós mesmo, mas já que estavamos lá, o negocio era aproveitar.
Alguns ficaram indignados ao perceber a grande diferença de valores entre os equipamentos e calçados que foram comprados no Brasil e os valores dos mesmos produtos na Europa. Diferenças de quase 4 vezes mais.
A noite fomos a um restaurante de comida natural, maravilhoso, toda carne que é apresentada na verdade não é carne, tem a forma a textura e até a cor parecida, mas não é carne. Muita verdura, tipica comida de quem deseja ficar sem comer carne, embora pareça estar comendo.
A noite tinhamos que pegar o ônibus para chegar ao aeroporto e depois nos dirigir até o hotel.
Bueno, papo daqui e dali e chegamos tarde a parada de ônibus e por já ser domingo (passava da meia noite) não havia mais ônibus.
A solução era pegarmos o metrô e logo, pois o mesmo parava de funcionar as 01:30 da madrugada. Lá se fomos nós qual burros de cargas, pois o peso da mochila era demasiado e os dias que ficamos parados já fez a diferença.
Antes a mochila parecia fazer parte de nosso corpo, claro que sempre o mais leve possível. Eramos como caracois, porém agora ao invés de levar nossa casa nas costas, levavamos o condominio todo, tamanho o peso.
Mas o que importa é que chegamos ao aeroporto sao e salvos, mas tivemos que caminhar muito até chegarmos onde deveriamos.
Grande surpresa ao perceber que não havia mais ônibus circulando entre os hoteis.
Solução seria ligar para o mesmo, bom lá me fui.
Procurei o telefone como se estivesse buscando uma agulha no palheiro, nada de achar, depois de uma verdadeira peregrinação encontrei meu objeto de desejo um velho e mal tratado orelhão. Busco na minha pochete e só tenho 2 euros, bom, só me restava pedir as entidades de luz que com aquela moeda fosse possivel resolver o meu problema, ou melhor nosso.
Ligo e cai na secretaria eletrônica, e o vejo aos poucos o valor da ligação aumentando, mas a sorte que logo me atendem, explico que estou no aeroporto e que necesito de condução para poder chegar ao hotel. Nada de condução naquele horário eu teria que pegar um taxi, mas para piorar a coisa os ônibus que deveriam  nos trazer de volta ao hotel já estavam lotados.
A sorte que a moça foi muito querida e cancelou nossa diária, o que me gerou um bom alivio, pois pagar 20,00 euros para apenas tomar um banho seria bem caro.
Volto ao ponto de encontro e aviso aos demais Cavaleiros que não teremos como ir ao hotel e que teremos que tomar banho "tcheco".
Fui o primeiro, entrei no banheiro de deficientes e me pelei, lavei a cueca, as meias e tomei um gostoso banho gelado, esfregando o que conseguia com aquela agua gelada, mas ao menos deu uma sensação de alivio, não sei dizer se de ter terminado ou por ter melhorado o cheiro. Mas me aliviei.
Depois os demais foram um a um se banhando.
Agora teria que resolver  aquestão tênis, humido.
Não tem erro, brasileiro sempre tem um jeitinho.
Liguei o secador de mão e meti os tênis dentro, o banheiro ficou com um cheirinho de xulé morninho, mas o tênis secou.
O interesante é que o aeroporto é enorme, mas não se encontra nenhuma lata de lixo (a não ser nos banheiros) nenhuma cadeira , sofá ou lojas como temos em nossos aeroportos. Fruto da precaução contra atentados com bombas. Muita gente dormindo no chão em frente aos guichês, bom foi nossa saída, pois eram 02:30h e nosso vôo saia as 08:35h.
Por volta de 06:30 o guichê abre e somos os primeiros a ser atendidos, que vitória (heheheh, grande porcaria), despachamos as malas e entramos para a área de embarque.
Chegou a hora do embarque e entramos avião adentro, todos se colocaram em seus assentos e levantamos vôo, deixavamos o solo espanhol para voltar a nossa terra abençoada por Deus. É ótimo viajar, estar diante de tanta tecnologia, de tanto respeito no transito, de tanta modernidade, de valores mais justos, mas nada se compara a nossa terra, Brasil é Brasil. Povo bonito, alegre, feliz.
As aeromoças nos serviarm o café da manhã e eu imaginava que ficariamos com janelas abertas e acordados. Doce ilusão, depois do café apagaram as luzes e fecharam as janelinhas, um breu danado, uma penumbra que irritava.
Nesse momento pensei que havia trasido junto comigo algum animal selvagem no estomago, pois o mesmo começou a querer se comunicar de algum forma. Dei uma levantada, caminhei,  mas nada de alivio. Uma ância de vômito danada nao me deixava em paz. Tentei respiração pausadamente, tentei meditação, mas só via balde na minha frente já prevendo o que viria. Nada surtia efeito.
Duas horas depois fui ao banheiro e achei que a fera tinha sido libertada.
Um breve pausa de 30 minutos e ela se manifesta de novo, tinha tentado dormir e cochilei, liguei a tela para ver quanto tempo ainda faltava para chegar e percebi que apenas havia passado 10 minutos.
Que horror ! E lá e fui ao banheiro pela segunda vez, e dessa vez as dores eram ainda mais terriveis.
Fui ao todo 4 vezes ao banheiro para libertar a fera, sem contar a inumeras que fui para lavar o rosto ou fazer um xixi.
Mas o que importa que chegamos ao solo brasileiro, que alegria. Quando entramos no aeroporto uma especie de satisfação por voltar tomava conta de todos. Pegamos nossas mochilas e passamos pela alfandega sem nenhum problema. Despachamos as malas na TAM para vir a POA e fomos ao Mac Donalds fazer uma refeição saudável. A galera não aguentava mais os famosos bocadillos, mas se atiraram nos mac's.
A minha sorte é que fiquei com 3 bancos só para mim o que me permitiu dormir praticamente todo o vôo.

A grande surpresa.

Queridos e amados irmaos, amigos e familiares !
Vocês não podem imaginar o que sentimos ao ver cada um que esteve no aeroporto nos esperando.
Que alegria rever compaheiros, amigos, familiares, conhecidos torcendo e vibrando com nossa chegada.
Chegar a Santiago foi uma alegria enorme, uma marca de superação, de fé, de coragem, mas chegar em POA sendo recebido por tantas pessoas fez com que cada um de nós pensasse ainda mais no que haviamos feito.
Cada passo valeu a pena, cada bolha de nossos pés, cada dor de nosso corpo, cada gota de lágrima que deixamos, muitas vezes escondidos dos demais irmãos, foi valorizada naquele momento.
Nada tem sentido se não houver amor em nossas vidas. No domingo dia 05/06/2011 às 18:25h percebemos o quanto fomos amados naquela calorosa e amorosa recepção.
Como nossa caminhada foi valorizada e seguramente muitos talvez agora não entenderão o que escreverei, mas Dom Inacio de Loyola lá do alto abriu a janela do céu para ver seus cavaleiros, cavaleiros que muito se divertiram nessa longa jornada, que muito aprenderam, que muito buscaram, e disse ao seu assitente que sabia que seus cavaleiros não decepcionariam.
Nenhum de nós sabe ao certo se o que fizemos era o que esperavsm de nós, mas fizemos o que achavamos que era correto. Mas seguramente despertamos um amor nos corações de todos aqueles que nos acompanharam e esse amor é a semente que deve continuar a ser regada, para que dê frutos e cresca a cada dia mais espalhando seus galhos e raizes por muitos e muitos irmãos.
Obrigado meus irmãos, nós conseguimos viver os ensinamentos de Jesus e por em prática em nosso dia a dia, sempre fazendo aos outros o que gostariamos que fizessem por nós.
Peço a Deus que possamos continuar em nosso dia a dia agindo dessa forma.
Que Jesus abençoe a todos.

Luli.

até a próxima...

2 comentários:

  1. hahaha que tri!
    Tava com saudades de ler vocês...
    Pior vocês não sabem, domingo na irradiação, eu já estava em preparando para mandar Luz aos Peregrinos! hahahaha
    Sorte que os chefes me disseram logo: Guria tonta! Eles já voltaram! uhsuhsahuashuas

    Beijããão

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  2. Ficão as saudades de uma grande aventura de nossas vidas ,mais não sera a ultima .Os cavaleiros de Dom Inacio sempre estarão em busca de conhecimento,de entendimento e que Deus sempre esteja nos acompanhando .
    Um forte Abraço a todos os cavaleiros XOXI

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